Amazonas tem a 2ª maior taxa de homicídios de mulheres do Brasil, revela Atlas da Violência

Em 2023, o Amazonas registrou a segunda maior taxa de homicídios de mulheres por 100 mil habitantes no Brasil, segundo dados do Atlas da Violência 2025, divulgado na segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

No total, o estado contabilizou 1.555 homicídios ao longo do ano, dos quais 122 foram de mulheres, incluindo feminicídios.

Amazonas tem a 2ª maior taxa de homicídios de mulheres do Brasil

A taxa nacional de homicídios de mulheres foi de 5,9% por 100 mil habitantes. Amazonas, Rondônia e Bahia registraram índices iguais, ocupando conjuntamente a segunda posição. Roraima liderou com 10,4% homicídios por 100 mil habitantes.

Na taxa geral de homicídios por 100 mil habitantes, o Amazonas ficou em quarto lugar no país, com 36,8%, atrás de Amapá (57,4%), Bahia (43,9%) e Pernambuco (38%).

Em relação à população negra, o estado apresentou a segunda maior taxa de homicídios da região Norte: 41,4% por 100 mil habitantes.

Por fim, entre mulheres negras, a taxa foi de 6,6% por 100 mil, superando a média nacional. Entre 2013 e 2023, esse índice cresceu 32%.

Veja nota da SSP-AM na íntegra sobre os dados do Atlas da Violência 2025

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), informa que o Amazonas tem apresentado sucessivas reduções nos índices de homicídio ao longo dos últimos anos. De acordo com o Atlas da Violência, o estado alcançou 3ª maior redução na taxa de homicídios do país em 2023, em relação a 2022 e a maior queda em relação aos estados da Região Norte.

Outro dado que cabe destacar é que o Amazonas está entre os estados com as menores taxas de homicídio do Brasil em 2025. No primeiro trimestre deste ano, a taxa no estado foi de 15,55 homicídios a cada 100 mil habitantes, a 11ª menor do país e dentro da meta 2030 do Plano Nacional de Segurança. Já no comparativo das regiões Norte e Nordeste, o Amazonas ficou com a 2ª menor taxa entre os 16 estados, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, atrás apenas de Tocantins e Sergipe.

A taxa da região Norte é de 20,02, enquanto a do Nordeste é de 26,71.O Amazonas também registrou o menor número de homicídios dos últimos 19 anos. Entre janeiro e março deste ano, a pasta registrou uma queda de 35,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2024, o Amazonas teve 257 homicídios e, em 2025, 165 crimes dessa natureza foram registrados.

Essas reduções são reflexos da atuação das forças de segurança na capital e no interior, assegurada pelo compromisso do Governo do Amazonas em combater a criminalidade e garantir a segurança em todo estado. Na capital, a redução de homicídios foi de 42,6%. Nos primeiros três meses do ano passado, o Estado registrou 159 crimes desse tipo, enquanto neste ano, esse número caiu para 92, no mesmo período.

No interior, a queda foi de 25,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado. O registro, nos 61 municípios do interior do estado, foi de 98 homicídios, em 2024, e 73 crimes em 2025.

Investimentos

Desde 2019, o Governo do Amazonas, sob a gestão de Wilson Lima, já investiu cerca de R$ 1,16 bilhão em segurança pública, reforçando o combate à criminalidade e modernização das Forças de Segurança, entre investimento em pessoal, estrutura física, armamentos, equipamentos e novas tecnologias.

Desde a criação da Base Fluvial Arpão 1, no rio Solimões, em Coari, o Governo do Estado causou um prejuízo superior a R$ 500 milhões ao crime organizado, por meio de apreensões de drogas, armas e prisões. Em janeiro de 2024, foi inaugurada a Base Fluvial Arpão 2, com um investimento de R$ 4,75 milhões, equipada com tecnologia de ponta para atender municípios como Barcelos e Novo Airão.

Ainda no mesmo ano, foi inaugurado o novo Batalhão das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), com uma área de treinamento de padrão internacional, voltada para aprimorar a capacitação da tropa em incursões em ambientes urbanos hostis, como becos, vielas, igarapés e imóveis, com o objetivo de combater o crime e apreender drogas e armas ilegais.

Com o Programa RecuperaFone, lançado em setembro do ano passado, e coordenado pelo Núcleo de Investigação e Recuperação de Celulares, as operações deflagradas de forma integrada entre as policiais Civil e Militar já restituíram 1.850 aparelhos.

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