Amazonas tem menos católicos e mais evangélicos que a média nacional, aponta Censo

O cenário religioso no Amazonas segue uma tendência diferente da média nacional, segundo revelam os dados mais recentes do Censo 2022: Religiões, divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No estado, a proporção de católicos é de 47,4%, abaixo da média nacional, que é de 56%. Por outro lado, os evangélicos representam 39,9% da população amazonense — um índice consideravelmente superior aos 26,7% registrados no Brasil como um todo.

Na capital do estado, Manaus, a configuração segue a mesma tendência. Apenas 44,38% dos manauaras se declaram católicos, enquanto 39,49% se identificam como evangélicos. Os números refletem a crescente presença das igrejas evangélicas, que vêm ampliando sua atuação no estado nas últimas décadas.

Apesar do avanço das religiões evangélicas, o catolicismo segue como a religião predominante em nível nacional e em todas as regiões do país.

As maiores concentrações de católicos estão no Nordeste (63,9%), seguido pelo Sul (62,4%), Centro-Oeste (52,6%), Sudeste (52,4%) e Norte (50,5%). Já os evangélicos se destacam especialmente nas regiões Norte (36,8%) e Centro-Oeste (31,4%).

O Censo também aponta dados sobre outras crenças. O Sudeste lidera em número de espíritas (2,7%) e em pessoas sem religião (10,5%). Já as religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé, têm maior expressão no Sul (1,6%) e no Sudeste (1,4%).

Entre os estados brasileiros, o Piauí apresenta a maior proporção de católicos (77,4%), enquanto Roraima registra a menor (37,9%). No quesito evangélicos, o Acre lidera com 44,4%, e o Piauí tem o menor índice (15,6%). Já o Rio de Janeiro se destaca com a maior proporção de espíritas (3,5%), enquanto o Rio Grande do Sul lidera entre os praticantes de umbanda e candomblé (3,2%).

Os dados do Censo confirmam a diversidade e o dinamismo do cenário religioso brasileiro — e no Amazonas, em particular, reforçam a tendência de crescimento das igrejas evangélicas, que se aproximam cada vez mais da predominância católica.

 

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