O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acusou publicamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a Polícia Federal (PF) de possível envolvimento no assalto sofrido por sua mãe e avós maternos no último domingo (24), em Resende, no sul do Rio de Janeiro. Os familiares do parlamentar foram feitos reféns durante a ação criminosa.
Em vídeo publicado em sua conta no X (antigo Twitter), Eduardo, que está nos Estados Unidos, relacionou o crime a investigações em curso contra ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado foi indiciado pela PF por coação a autoridades no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado.
“Quem não me garante que não foram vocês (agentes da PF) que vazaram para esses criminosos entrarem na casa dos meus avós?”, afirmou.
Na legenda da publicação, foi além: disse haver uma unidade da PF “sob o comando” de Moraes que estaria “vazando dados e informações para alimentar reportagens, narrativas e até mesmo ações criminosas”.
O parlamentar ainda comparou o Brasil à “narcoditadura de Maduro na Venezuela” e citou, sem apresentar provas, possível ligação entre Moraes e o Primeiro Comando da Capital (PCC). “Se esses caras forem realmente mandados do Alexandre de Moraes, muita gente diz que tem relação com o Primeiro Comando da Capital, a maior organização criminosa do país. Não sei se é verdade ou não”, declarou.
O assalto em Resende
Segundo relatos de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), mãe e avós foram rendidos por criminosos armados dentro de casa e submetidos a mais de uma hora de ameaça e pressão psicológica.
Os assaltantes teriam abordado a mãe do senador já sabendo de quem se tratava e exigiram dinheiro. Como não encontraram valores em espécie, levaram anéis e fugiram com o carro do avô.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que realizou perícia no local e busca imagens de câmeras de segurança para identificar os suspeitos.