A influenciadora digital Skarlete Melo, presa nesta sexta-feira (15) em Fortaleza por promover o “Jogo do tigrinho”, recebia R$ 250 mil por semana para divulgar o jogo de azar, conforme o delegado responsável pela operação que levou à prisão dela.
Skarlete e o companheiro, Erick Costa, foram presos na sexta-feira (15) em um hotel de luxo na capital cearense, onde iriam receber convidados, onde iriam divulgar o lançamento de plataforma de jogos de azar ilegais. O casal de influenciadores digitais alugou vários quartos do estabelecimento para hospedar convidados.
De acordo com a polícia, o casal é investigado por lavagem de dinheiro e contravenção penal por meio da divulgação do Fortune Tiger (ou Jogo do Tigre), no qual Skarlete é alvo desde setembro deste ano, quando foram apreendidos veículos de luxo e cerca de R$ 8 milhões foram bloqueados.
Ainda conforme a polícia, a operação, que iniciou com a contravenção, com o jogo de azar, bem como associação criminosa e a lavagem de dinheiro, está evoluindo e agora na segunda fase, já existem elementos que provam que pessoas que pertencem a esse grupo, liderado pela Skarlete, têm relação com o tráfico de drogas e a venda de armas.
A polícia diz ainda que o grupo criminoso também tem ligação com homicídios, mas que ainda não podem ser informados com detalhes. No entanto, somente Erick Costa, de 23 anos, já tem em seu histórico policial nos últimos anos, registros de crimes como porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.
Erick segue preso em uma unidade prisional do Ceará, já Skarlete Melo foi liberada para usar tornozeleira eletrônica. A Justiça decidiu que a influenciadora digital será monitorada em casa, pois comprovou ter dois filhos menores de 12 anos.
Além do casal, foram presos, em São Luís, Robson Bruno Pereira de Oliveira e Aretiano da Silva, que estariam fazendo parte do grupo criminoso comandado por Skarlete e Erick.
Prisão em hotel de luxo
O casal foi preso em Fortaleza, em um hotel de luxo, quando estavam prestes a realizar uma festa para o de uma nova plataforma de jogos de azar. Erick já tinha um mandado de prisão preventiva, enquanto Skarlete foi presa em flagrante por apresentar um documento falso.
Uma das pessoas presas na operação que deteve o casal de influenciadores Skarlete Mello e Erick Costa, usava distintivos da polícia e se passava por perito, policial e segurança da influenciadora digital. Os distintivos apreendidos deverão passar por perícia.
Chefe de organização de criminosa
Há indícios da ligação de dois presos na operação, com o casal de influenciadores, segundo a Polícia Civil. Mensagens de texto e áudio foram anexadas no processo e demonstram que o grupo tinha uma relação próxima.
Ainda segundo a Polícia Civil, o casal tem ligação direta com outros sujeitos que estão sendo alvos no momento. Conversas, áudios, mensagens, elementos de provas que comprovam que eles se conhecem e que além de dialogarem, convivem entre si, e tem uma união bem forte para organização criminosa.
Outros dois mandados de prisão ainda devem ser cumpridos pela Polícia Civil. Para os investigadores, mesmo que Skarlete não viva mais no Maranhão, os crimes acabam se caracterizando como praticados localmente, já que parte dos seguidores influenciados por ela, vivem no estado.
Em outro local, em Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, policiais estiveram uma residência de luxo do casal e apreenderam um veículo Porsche avaliado em R$ 400 mil.
A operação também contou com o apoio de Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (SENARC), Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC) e do MJSP, através do Projeto IMPULSE, que está inserido no Programa de Enfrentamento a Organizações Criminosas (Enfoc).