Na semana passada, o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia de que uma mulher de 46 anos acorrentava o próprio filho, de 2 anos, com uma corrente de cachorro no pátio de casa. O caso aconteceu em Sapiranga, na região metropolitana de Porto Alegre.
Ao chegar ao local, três conselheiros fizeram contato com a mãe que não permitiu a entrada na residência e se trancou. “Nesse momento ouvimos barulhos de móveis e chamamos a Brigada (Militar) para dar apoio”, relatou um conselheiro.
A Brigada Militar (BM) então foi acionada para acompanhar a situação, porém a mãe novamente negou acesso a criança. Conforme a BM, ao ouvirem o choro do menino, os policiais interviram para garantir a integridade física da criança.
Dentro da residência, os conselheiros e a Brigada Militar não verificaram a situação relatada na denúncia e encontraram o menino brincando.
O caso de maus-tratos está em investigação.
Criança comia ração
O conselheiro que conversou com a reportagem informou que a mãe relatou que “acorrentou o menino porque ele comia a ração da cachorra e ela teria feito isso para mostrar a ele que não é cachorro”.
Diante dos fatos, segundo o conselheiro e a BM, a criança e a mãe foram encaminhadas a UPA de Sapiranga para atendimento. “A criança estava bem quando recebeu o atendimento”, relatou o conselheiro.
Após o atendimento na UPA, a mãe foi encaminhada para a delegacia onde a ocorrência foi registrada. “Ela não ficou presa, o que não concordamos”, relatou o conselheiro.
O menino foi entregue a avó paterna em virtude do pai estar em outra cidade no dia do fato. A reportagem fez contato com a defesa do pai que informou que “Assim que o pai foi comunicado do ocorrido, nos procurou e tomamos as medidas legais cabíveis. A guarda no momento por decisão judicial, está sendo exercida pelo pai, que prefere não se manifestar sobre o fato”.