O município de Rio Preto da Eva, na região metropolitana de Manaus, começará a racionar água a partir de terça-feira (10), em resposta à severa seca que afeta o Amazonas. A prestadora de serviços, Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), anunciou que as bombas serão desligadas entre 23h e 5h da manhã pelos próximos dois meses, até que os poços recuperem seus níveis normais.
O prefeito Anderson Sousa destacou que os poços, com profundidade de até 120 metros, estão sendo comprometidos por lama, afetando também as barragens de criação de peixes e a agricultura local. “Não temos água bombeada de rios; tudo vem de poços, o que está prejudicando a produção de hortifruti e peixe para Manaus”, explicou Sousa.
Além do racionamento, a prestadora de serviço aplicará multas e instalará hidrômetros em residências que apresentarem desperdício de água, embora não tenha detalhado o método de monitoramento. A nota da concessionária alerta para a necessidade de evitar desperdício e recomenda que os moradores utilizem caixas d’água se disponíveis.
Em resposta à crise, o governo federal destinou R$ 61 milhões para municípios amazonenses, sendo R$ 1 milhão especificamente para Rio Preto da Eva. O prefeito Sousa informou que os recursos serão utilizados para comprar bombas-sapo, caixas d’água, baldes e alugar caminhões-pipa.
Sousa espera que o pagamento desses recursos seja efetuado até quarta-feira (11). “Fizemos um plano detalhado para utilizar o valor de maneira eficiente, especialmente na aquisição de equipamentos e suprimentos essenciais para enfrentar a seca”, concluiu o prefeito.
A situação crítica reforça a urgência das medidas adotadas para preservar o abastecimento de água e mitigar os impactos da seca prolongada na região.