A adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, grávida de 9 meses e encontrada morta em uma cova rasa, na noite desta quarta-feira (12), no Jardim Florianópolis, em Cuiabá (MT), teria sido assassinada por enforcamento com fios e, posteriormente, teve o bebê retirado do próprio ventre.
De acordo com o delegado que está à frente do caso, Caio Alexandre, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do Estado vizinho, o corpo foi localizado com fios no pescoço e não há indícios de uso de arma de fogo ou arma branca na morte de Emilly.
“Mas depois, obviamente, para tirar a criança, [que] está viva, aí fizeram uso de arma branca. Foram encontradas facas. A perícia continua no local para saber toda a dinâmica do que aconteceu, onde foi o ponto de imobilização dessa mãe dentro da casa, ver vestígios de sangue, pra gente entender onde começou a agressão contra ela até descambar para o ponto de desova”, explicou o delegado.
BEBÊ APARECE
Durante a noite, uma mulher apareceu no hospital com um bebê recém-nascido, alegando que era seu filho e que tinha dado à luz em casa. Mas, após exames, a médica do plantão confirmou que a mulher sequer esteve gestante. Polícia Civil está nas ruas investigando a possível ligação entre os casos.
Conforme as informações, Polícia Militar foi acionada por volta das 21h para atender a ocorrência no Hospital e Maternidade Santa Helena. Enfermeira contou aos policiais que 3 pessoas chegaram na unidade com o bebê no colo, uma delas seria a mãe da criança.
Segundo a mulher, de 25 anos, ela deu à luz em casa e, em seguida, levou o bebê para a unidade de saúde na companhia da cunhada e do irmão. Foi observado que a criança estava limpa e sem sangramento. Ela foi acolhida pelos profissionais de saúde e levada para exames.
Com a criança recebendo assistência, a equipe tentou examinar a mãe, porém ela se recusou. Depois de um período de negação, ela permitiu ser avaliada. Um dos exames, o de sangue, deu resultado de 5,0 MUI/ML, para “gonadotrofina coriônica”. O resultado chamou atenção da médica, já que não corresponde com uma gestação ou mulher que tenha acabado de dar à luz.
Foi verificado ainda que a mulher não estava produzindo leite materno. Diante da suspeita, a polícia foi acionada e os suspeitos encaminhados para a Central de Flagrantes. O marido da jovem de 25 anos confirmou toda a versão apresentada por ela. Já a criança ficou internada na unidade médica.
DESAPARECIDA
Emilly saiu de casa no final da manhã, no bairro Eldorado, em Várzea Grande (MT) e avisou a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupas.
A jovem estava grávida de 9 meses e alegou que ia até a casa de uma mulher – não especificada – para buscar roupas que ela iria doar. Porém, ela não retornou para casa e não deu mais notícias.
Família ressaltou que o celular da menina está desligado. Reportagem entrou em contato com o Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP, que está em diligências. Emilly ainda não foi encontrada. Polícia investiga a possível ligação entre os casos.