Advogado deixa defesa de Telegram em meio a inquérito da PL das Fake News

O STF abriu investigação: PL das Fake News.

Brasília – O advogado Alan Thomaz renunciou aos processos do Telegram no Brasil nesta semana, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma investigação sobre a campanha lançada pelo aplicativo contra o PL das Fake News.

Após a decisão, a plataforma precisará indicar outro escritório para intermediar o contato com a Justiça brasileira. Em fevereiro de 2022, o STF chegou a ameaçar suspender os serviços do Telegram no país se a empresa não constituísse um canal para receber notificações judiciais no Brasil.

O escritório Campos Thomaz & Meirelles Advogados disse, em nota, que “não teve e não tem relação direta com o Telegram”. A banca afirma que só prestou “serviços de assessoria jurídica”. “Solicitamos gentilmente que o nome dos sócios e advogados seja desvinculado ao Telegram”, diz o comunicado.

O STF vai investigar os diretores do Telegram e “demais responsáveis” que tenham participado da campanha contra o projeto de lei. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Moraes mandou a Polícia Federal interrogar os executivos.

O aplicativo disparou, para milhões de usuários, um manifesto contra a proposta. A mensagem chamava a proposta de “desnecessária” e dizia que ela “concede poderes de censura ao governo”.

Diretores do Google também serão investigados. O buscador exibiu em sua página inicial uma mensagem de alerta contra o PL. Os usuários que clicavam no link eram direcionados a um artigo de opinião do diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, que acusava o texto de “aumentar a confusão entre o que é verdade e mentira no Brasil”.

 

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