Detalhes chocantes de como agia o professor, de estupro de aluno autista a toques íntimos em ‘massagens’

Informações exclusivas que mostram detalhes das denúncias que resultaram na prisão do professor de educação física e treinador de vôlei Pedro Leandro Castro Pereira Araújo, de 34 anos, são chocantes. As acusações são de estupro de um menino autista, homofobia e importunação sexual.

Pelo menos 18 alunos, entre 13 e 18 anos, denunciaram o professor em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Os crimes aconteceram na escola, o professor oferecia caronas para se aproximar das vítimas. A apuração da polícia indicou que o professor fez sexo oral em um aluno autista, de 17 anos, e em outro menor, ambos durante caronas.

Além disso, os alunos denunciaram que Pedro chegou a mandar que todos os meninos ficassem de cueca dentro do vestiário para “medir a envergadura” deles. Outro relato comum entre as vítimas é a “massagem” para liberar os músculos.

Durante as “massagens”, o professor apalpava o corpo dos menores e, nas meninas, chegava a dar tapas nas nádegas, segundo o delegado. Pedro é suspeito de cinco crimes; veja abaixo os detalhes das denúncias de cada um deles.

Estupro de vulnerável
Importunação sexual
Posse de material pornográfico envolvendo adolescentes
Homofobia
Submissão a criança ou adolescente a vexame, ou constrangimento
O Delegado responsável Jorge Bezerra explicou detalhes da conduta criminosa do professor. 

“Tem um menor, que era aluno dele, de 17 anos, que possui autismo. [Pedro] também praticou várias condutas graves com ele. Inclusive manipulou os órgãos genitais dele”, contou.

Duas alunas também denunciaram o professor por casos que aconteceram durante as caronas.

“Ele deu carona a uma menina de 16 anos e antes de chegar próximo à casa dela, parou, foi para cima dela com tudo, passando a mão na [parte íntima] dela, tentando beijá-la. Com sorte, o celular dela tocou e imediatamente ela saiu do carro”, descreveu.

“Sem qualquer tipo de aviso, ele perguntou a uma aluna se ela confiava nele. Ela falou que confiava. Antes que ela pudesse dar alguma resposta, ele imediatamente colocou a mão nos seios dela. Por sorte, também, uma pessoa passou na frente do carro, ele se assustou e ela saiu e foi embora a pé”, completou.

De forma unânime, os menores citaram as massagens feitas pelo professor, que seriam para liberação dos músculos. No entanto, ele tocava nas partes íntimas dos alunos.

“Ele começava ali nas coxas. Em alguns alunos ele chegava a tocar na virilha dos garotos e na virilha das garotas. Quanto às meninas, ele fazia o mesmo procedimento, só que, além disso, quando ele fazia a massagem nas costas, ele sempre dava pelo menos três tapas nas nádegas”, disse.

Pedro Paulo também é investigado por “posse de material pornográfico envolvendo adolescentes”. A investigação indicou que a foto não foi tirada por ele, era vazada, mas ele tinha em seu celular e mostrou aos estudantes.

“São relatos de vários estudantes. Alguns que nem estudam na mesma classe. Disseram que ele mostrou uma foto de um aluno nu para outros estudantes”, disse.

As denúncias revelam que o professor tinha condutas incompatíveis com a profissão, como tratar abertamente da vida sexual dele e dos alunos, de 13 a 18 anos e ainda contar sobre suas “aventuras sexuais”. Além disso, ele fazia comentários sexuais acerca dos estudantes.

O delegado explicou que a investigação começou após a escola descobrir sobre os crimes, por conta das denúncias dos alunos.

Na casa do treinador, os policiais apreenderam aparelhos eletrônicos para periciar, pois, uma das vítimas disse que ele mostrou foto de outro estudante nu a ela.

A polícia divulgou o nome do suspeito. Jorge Bezerra reforçou que mais alunos que foram vítimas devem denunciar. Um dos canais de denúncias, é o telefone do Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC): (62) 3328-2700.