Escritor indígena é reconhecido como Mestre de Cultura do Amazonas

Ismael Tariano Mestre de Cultura. Foto: acervo pessoal

O escritor indígena Ismael Pedrosa Moreira, o Ismael Tariano, foi um dos contemplados no EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO N. 01/2024 – FEC PREMIAÇÃO PARA AGENTES CULTURAIS RECONHECIDOS COMO “MESTRES E MESTRAS DOS SABERES E FAZERES CULTURAIS NAS ARTES” COM RECURSOS DA LEI COMPLEMENTAR Nº 195/2022 (LEI PAULO GUSTAVO) que teve o resultado divulgado em outubro pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas.

“Para mim, ganhar esse reconhecimento é uma grande honra e serve de estímulo para continuar minha jornada como artista indigena no Amazonas”, conta o Escritor.

Lançamento do seu primeiro livro em 1994 com a presença do Governador Gilberto Mestrinho. Foto: acervo pessoal

Ismael Tariano  tem 65 anos, mas dedica sua vida às artes e ao ativismo indígenas desde a juventude. Em 1994 lançou seu primeiro livro “Mitologia Tariana”, uma obra que registrou aspectos culturais e mitológicos de sua gente. As narrativas são antecedidas de estudo sobre as origens e a história do povo Tariano, um livro que é uma viagem pelo imaginário dessa etnia do Alto Rio Negro, desde então não parou mais de pesquisar  e escrever sobre os povos originários. 

Foto: acervo pessoal

Ismael também dedicou boa parte de sua vida à educação, sendo professor e alfabetizador de indígenas como os  Yanomami em São Gabriel da Cachoeira, sua terra natal.

Sean Connery e Ismael nos bastidoes do filme O CURANDEIRO DA SELVA. Foto: acervo pessoal

 Além da escrita, Ismael atuou no cinema ao lado de grandes astros de Hollywood como Sean Connery no filme O CURANDEIRO DA SELVA, do cineasta John McTiernan lançado em 1992 e trabalhou no filme BRINCANDO NOS CAMPOS DO SENHOR, do cineasta Hector Babenco lançado em 1991.

Graças a essa experiência na sétima arte, atualmente Tariano tem se dedicado também aos trabalhos por trás das câmeras, pesquisando, estudando e trabalhando em produções audiovisuais em Manaus e espera em breve começar a dirigir seus próprios filmes.

“O cinema é uma arte fascinante e estou me preparando para produzir minhas histórias e pesquisas no cinema. Hoje tenho 65 anos, mas a vontade de contar histórias é a mesma da juventude“, afirma Ismael.

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