A capital amazonense possui um grande número de imóveis em situação irregular. Ações que orientem a população no caminho da regularização são essenciais para desafogar os órgãos públicos e tornar o processo mais ágil.
Muitas pessoas desconhecem a situação jurídica de suas propriedades. Devido à burocracia e aos custos envolvidos, muitas famílias acabam adiando a regularização de seus imóveis. Com o tempo, o problema se agrava, recaindo sobre os filhos e herdeiros, que precisam resolver questões complexas, como a partilha do bem. Perguntas como “Quem fica com a casa?”, “Quem cuidou mais tem mais direito?” e “Os beneficiários no testamento são os únicos que terão direito ao imóvel?” tornam-se comuns após o falecimento dos antigos proprietários.
A irregularidade fundiária também impacta a oferta de serviços básicos, prejudica os cofres públicos e afeta o mercado imobiliário, levando à venda de imóveis por valores abaixo do preço de mercado.
Para a CEO da Regularize Imóveis, a advogada Rebeca Góes, especialista em Direito Notarial e Registral, Direito Imobiliário e Negócios Jurídicos, a entrega de títulos definitivos, registros em cartório e averbação das construções são passos fundamentais para a regularização da cidade. No entanto, a falta de informação e orientação dificulta esse processo.
A demanda por serviços de assessoria e consultoria imobiliária tem crescido em Manaus, impulsionada pelo desenvolvimento urbano e pela carência de profissionais especializados na área.
Rebeca enfatiza: “Quando tratamos de imóveis, lidamos mais do que números e arrecadação. Estamos falando do sonho das pessoas, de lugares que guardam histórias e momentos importantes. Cada família tem uma realidade única, e muitas vezes a regularização exige um olhar atento e personalizado.”