MANAUS — Antônio Márcio Silva de Castro, de 52 anos, principal suspeito de matar o casal Manuella Sabrina Barros Queirós, de 23 anos, e Victor Hugo de Oliveira Flores, de 27 anos, não aceitava o fim do relacionamento com a jovem, afirmou a delegada Marília Campello.
“Esse homem já a ameaçava de morte. Ele não se conformava com o término desse relacionamento e, naquela data, ele foi à casa e, sem a menor possibilidade de defesa dessas vítimas, ele efetuou diversos disparos de armas de fogo em ambos levando eles à morte”, disse a delegada em entrevista coletiva nesta quarta-feira (11).
Segundo a delegada, Sabrina têm uma filha de 4 anos com o ex-companheiro. Marília Campello disse que Antônio Márcio foi denunciado por Sabrina Barros em 2023 por ameaçá-la de morte, mas em audiência solicitou que fossem revogadas as medidas protetivas que a Justiça do Amazonas havia concedido. Ela alertou para que mulheres não peçam a revogação de medidas protetivas.
“A vítima não tem culpa jamais. Estou falando para alertar outras mulheres que quando denunciam, quando o processo começa a tramitar, essas mulheres são procuradas por familiares, advogados, amigos, pedindo que retirem a queixa, que revoguem as medidas protetivas porque vai acabar com a vida desse homem. Denunciem as violências que sofrem e não peçam revogação de medidas já deferidas pelo Poder Judiciário”, disse a delegada.
Manuella Sabrina e Victor Hugo estavam juntos há pouco tempo. A delegada classificou o crime como de “ódio” e completou: “Não satisfeito em ceifar a vida de uma, ceifou de duas pessoas. São dois jovens que, infelizmente, tiveram esse fim trágico por conta da violência contra a mulher, do ódio que a sociedade insiste em nutrir por mulheres que querem viver a própria vida, que querem outro rumo, que não querem conviver com os agressores”, concluiu.
