A morte de Edy Claúdia Oliveira Alves, 41, morta a tiros por um suposto assaltante, no dia 27 de dezembro do ano passado, por volta das 21h30, foi elucidado. O crime aconteceu no bairro Presidente Vargas, zona sul de Manaus, no momento em que a vítima estava retornando do trabalho, uma choperia – no qual era proprietária – com a renda arrecadada.
Imagens de uma câmera de segurança fizeram o registro.
Elielson da Silva Campos, de 24 anos, inicialmente investigado como assaltante, era na verdade, um pistoleiro. Sulivan Ferreira Maia, de 46 anos, marido da vítima foi o mandante e Luzilene Marques Alburquerque, 39 foi responsável por arrumar uma pessoa para receber R$ 10 mil em uma conta bancária que seriam repassados pra Elielson para tirar a vida da empresária. Todos foram presos.
De acordo com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Elielson da Silva é apontado como o executor da morte da empresária. Luzilene Marques teria um caso extraconjugal com Sulivan Ferreira, marido da vítima e mandante do crime.
O delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, contou que o crime inicialmente foi tratado como latrocínio.
“No entanto, após as investigações, foi descoberto que seria um feminicídio, no qual o mandante do crime seria o companheiro da vítima, e houve uma interlocutora, que também tinha ligação com o mandante. Trata-se de um crime trágico, praticado diante da família da vítima, inclusive de sua filha que estava presente no local do fato”, contou.
Após a identificação do atirador, a polícia concluiu que o crime se tratava de um roubo seguido de morte, entretanto o seu intuito principal seria executar a Edy Claúdia, a mando do próprio marido. Segundo as investigações, o marido pagou R$ 10 mil para que a mulher fosse executada. O crime aconteceu na presença da filha, da sobrinha e de um neto da vítima.
Conforme o delegado, Elielson confessou que no momento em que ele foi executar a Edy Claúdia, a arma deu pane. O indivíduo relatou que efetuou o primeiro disparo e percebeu que a mulher ainda estava com vida, por isso disparou mais duas vezes, e só resolveu ir embora quando viu que ela estava agonizando.
“Em seguida, ele rouba 500 reais que a vítima havia jogado no chão no momento da abordagem e foge. Em 15 dias de investigação, conseguimos constatar que o crime teria participação de três pessoas: o autor, que responde por roubo majorado em regime semiaberto; a amante de Sulivan e o marido da vítima”, contou.
Segundo o titular, para que não ficasse nenhum rastro, Luzilene ficou encarregada de arrumar uma pessoa para quem seria repassado o valor de R$ 10 mil, para ser depositado na conta do atirador. Quanto a isso, as investigações irão continuar.
O delegado esclareceu que Sulivan deu a justificativa de que como estava em processo de separação com Edy Claúdia, ele não queria dividir os bens com a então esposa, e por conta disso resolveu ceifar a vida dela.
Elielson, Luzilene e Sulivan foram presos em cumprimento de mandado de prisão preventiva. Os dois homens foram presos na quinta, em locais distintos de Manaus, e a mulher nesta sexta-feira (19/01), no interior do Estado.
Durante a ação policial, foram apreendidas as roupas e sapatos utilizados por Elielson no dia do crime, bem como a motocicleta e a arma de fogo usadas.