O Ministério Público Federal (MPF) de Caruaru, em Pernambuco, abriu um inquérito civil para investigar a suposta omissão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) frente a infrações gravíssimas cometidas por Bolsonaro (PL) durante motociata no município, em junho do ano passado. Na data, o então presidente dirigiu sem capacete, o que segundo as leis brasileiras de trânsito é punido com multa e perda do direito de conduzir.
A procuradora Maria Elisa de Oliveira Breunig afirma que é função do MPF atuar para proteger os interesses difusos e coletivos, bem como a moralidade administrativa, segundo apuração da Folha de S. Paulo.
Dias após a motociata, senadores apresentaram uma notícia de fato solicitando uma apuração sobre o caso e que sejam tomadas as devidas providências contra a PRF. Na época, a corporação informou que aplicou 43 autuações em veículos, embora não tenha falado nada sobre Bolsonaro e sua falta de capacete.
Em nota à imprensa, a PRF declarou que “as requisições do Ministério Público Federal já tramitaram no Gabinete e na Superintendência Executiva da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal em Pernambuco, e as apurações correcionais de alguma forma relacionadas às Eleições 2022 estão centralizadas na Corregedoria-Geral, em Brasília”.
“Quanto à abertura do inquérito civil, a PRF, de forma transparente, sempre colabora com o andamento das investigações, por meio do fornecimento de todas as informações solicitadas pelos demais órgãos públicos a fim de subsidiar as apurações.”