Uma mulher foi indenizada em R$ 2 mil por ser mordida por um rato enquanto dormia em uma suíte de um dos motéis mais tradicionais e luxuosos de Belo Horizonte. Os quartos do estabelecimento possuem preços que variam de R$ 150 por 2 horas até quase R$ 900 por 3 horas na suíte mais luxuosa.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMJ), a cliente entrou no estabelecimento em torno das 23h do dia 14 de janeiro de 2022, em um sábado. Ela e seu companheiro estavam celebrando o aniversário de namoro e, por volta de 1h de domingo, enquanto dormiam, a mulher foi surpreendida por uma sensação de queimação em seu dedinho do pé.
Ao acenderem a luz do quarto, o casal se deparou com um rato na parede, que havia mordido a mulher em seu pé. Mesmo ferida, ela conseguiu fotografar o animal e utilizou a prova como parte do pedido de indenização apresentado na Justiça.
Após ser mordida, a vítima buscou atendimento médico durante a madrugada, preocupada com a possibilidade de ter sido contaminada. No processo judicial, ela alegou que o incidente representou uma falha na “segurança biológica” do motel, que não combateu adequadamente a presença de pragas e não isolou efetivamente os quartos para evitar a entrada de animais.
A mulher também mencionou o sofrimento causado pelo temor de transmissão de doenças, como leptospirose, peste bubônica, tifo e hantavírus.
No tribunal, o motel alegou que não havia evidências que comprovassem que o casal esteve hospedado no estabelecimento naquela noite. No entanto, a juíza considerou como prova conversas de WhatsApp entre a vítima e a administração da empresa, que confirmavam a reserva e a estadia do casal, que foi liberado do pagamento da estadia devido ao incidente ocorrido.