PGR pede prisão preventiva de Zambelli após fuga

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, nesta terça-feira (3), a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) após sua fuga para a Itália. A parlamentar deixou o país semanas depois de ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Agora caberá ao Supremo decidir se determina ou não a prisão da deputada. Ministros da Corte já têm conversado sobre a medida e uma possível inclusão do nome na lista de procurados da Interpol.

Zambelli anunciou sua fuga na manhã desta terça (3), alegando ser vítima de perseguição do Judiciário. Ela foi condenada no mês passado junto do hacker Walter Delgatti Neto por invasão e inclusão de documentos falsos nos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Ela também é alvo de um julgamento por perseguir o jornalista Luan Araújo em outubro de 2022, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. A Corte já tem quatro votos para condená-la a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.

Magistrados acreditam que ela fugiu do Brasil para não cumprir as punições. Atualmente, ela não pode ser considerada foragida, já que seu passaporte foi apreendido em agosto de 2023 e devolvido posteriormente, mas o documento pode ser retido novamente por ordem do Supremo.

Zambelli deixou o Brasil “há alguns dias”, segundo ela, para tratar problemas de saúde. Após o anúncio da fuga, ela disse ser vítima de “abusos” do Judiciário.

O advogado Daniel Bialski, que defendia a deputada, decidiu abandonar a equipe após a fuga. Ele afirmou que foi “apenas comunicado pela deputada que estaria fora do Brasil para dar continuidade a um tratamento de saúde” e decidiu se afastar “por motivo de foro íntimo”.

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