A mulher que foi agredida, com socos e ponta pés por um Policial Militar, na estação da Luz em SP, disse que está em pânico. Nesta segunda-feira (8), ela compareceu ao IML para o exame de corpo de delito e esteve presente na Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), para fazer uma denúncia.
As imagens que circulam nas redes sociais mostram um PM, em pé, gritando com uma jovem que está sentada no chão da estação, e na sequência ele dá um tapa no rosto da mulher que chega a ser jogada para o lado, enquanto ele fala para ela sair do local. O caso aconteceu no último sábado 6 abril, por volta das 20h, o local estava cheio de passageiros.
Segundo a advogada da vítima, ela disse que está apavorada pois trabalha no centro de São Paulo e precisa fazer esse trajeto todos os dias. Thallys estava voltando pra casa quando tudo aconteceu.
O boletim de ocorrência relata que a mulher levou um tapa na cabeça, três no rosto e um chute na costela. Segundo as testemunhas, após as agressões, o policial se afastou da jovem e embarcou em um trem, e que em nenhum momento a mulher ofendeu ou discutiu com o policial.
“Ao invés de corrigir o fato de Thallys está sentada com as pernas pra dentro da via do trem, ele agrediu e começou a ofender a jovem”, disse a defesa.
Em nota a Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), por meio da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual (CPDS), disse que instaurou processo administrativo para apurar o caso e, que aguarda informações do Inquérito Policial.
Já secretaria de segurança de SP informou que o policial militar foi identificado e afastado do serviço operacional. O caso é apurado por meio de Inquérito Policial Militar – IPM, e esclarece que a conduta do policial citada não condiz com os protocolos da Instituição.
Segundo a SSP o PM foi identificado e afastado das funções.
O caso está sendo acompanhado pela Subsecretaria de Políticas e Diversidades de Guarulhos, local onde a jovem mora, o secretario Renato Cheffer disse que já encaminhou a jovem para um atendimento psicológico :
“Nós acompanhamos a vítima até o IML, e também à Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), para fazer uma denúncia, em conjunto com a Coordenadoria da Diversidade do Estado de SP para apuração dos fatos sobre possível prática de discriminação por orientação sexual pelo policial, além disso, nós iremos encaminhar a vítima ao nosso serviço de saúde do município de Guarulhos, para atendimento psicológico” concluiu Renato Cheffer.
O laudo do IML sobre as agressões sai em dez dias.