Trump volta a defender veto a matrícula de estrangeiros em Harvard

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar a Universidade de Harvard neste domingo (25) e defendeu a tentativa de sua administração de impedir a matrícula de estudantes estrangeiros na instituição, após uma decisão judicial bloquear a medida.

Em publicação na sua rede social, a Truth Social, Trump questionou o alto número de alunos internacionais em Harvard. “Por que Harvard não diz que quase 31% de seus alunos são de PAÍSES ESTRANGEIROS, e ainda assim estes países, alguns nada amigáveis com os Estados Unidos, não pagam NADA pela educação de seus estudantes, nem têm a intenção de fazer isso nunca?”, escreveu.

Ele ainda afirmou que é “razoável” o governo querer saber quem são esses estudantes, já que “dá a Harvard BILHÕES DE DÓLARES”. O ex-presidente também insinuou que a universidade não é transparente e criticou o fato de ser pouco acessível à maioria da população.

Na quinta-feira (23), a secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, revogou a autorização de Harvard para receber estudantes estrangeiros, retirando da universidade a certificação SEVIS, que permite a matrícula de alunos com visto de intercâmbio. A justificativa oficial foi a recusa da instituição em entregar documentos sobre supostas “atividades ilegais e violentas” de estudantes internacionais.

Harvard, por sua vez, entrou com ação judicial contra a decisão. Na sexta-feira (24), a juíza federal Allison Burroughs, de Massachusetts, suspendeu a revogação da certificação até uma audiência preliminar marcada para 29 de maio.

Para a universidade, a medida do governo foi ilegal e representa uma ameaça direta ao funcionamento de programas educacionais e de pesquisa.

Mais de um quarto dos alunos de Harvard vêm de fora dos Estados Unidos.

Ofensivas à educação

A crise se soma a outras tensões entre a Casa Branca e instituições de ensino superior. O governo Trump intensificou o cerco a universidades, alegando falhas no combate ao antissemitismo e criticando políticas de diversidade e inclusão.

Harvard foi especialmente visada: teve R$ 9 bilhões em verbas públicas colocadas sob ameaça, com R$ 2,2 bilhões já congelados. Uma pesquisadora estrangeira da Faculdade de Medicina também foi deportada.

Fundada em 1636, Harvard é considerada uma das universidades mais prestigiadas do mundo e já formou centenas de líderes globais e ganhadores do Prêmio Nobel.

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