Sobrevivente à queda de avião diz que problemas começaram 30 segundos após voo

A tragédia aérea que chocou o mundo ocorreu em 12 de junho de 2025, quando um Boeing 787-8 da Air India, com destino a Londres, caiu momentos após decolar do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia.

Autoridades confirmaram a morte de mais de 290 pessoas, incluindo passageiros e moradores da área atingida, e ao menos um sobrevivente foi resgatado.

O acidente, que envolveu a colisão com um alojamento de estudantes, mobilizou equipes de resgate e o Exército indiano. A causa da queda ainda está sob investigação, com a agência de aviação americana NTSB auxiliando. Vishwash Kumar Ramesh, um cidadão britânico de origem indiana, relatou ter escapado com vida, trazendo esperança em meio ao caos.

O voo AI171 havia acabado de deixar a pista quando emitiu um sinal de emergência “mayday”. Segundos depois, a aeronave perdeu altitude e colidiu com uma área residencial próxima ao aeroporto.

Imagens divulgadas por moradores mostram uma cena devastadora, com destroços espalhados e uma espessa nuvem de fumaça. O impacto destruiu parte de um alojamento de estudantes de medicina, aumentando o número de vítimas.

Testemunhas descreveram o som estrondoso que ecoou pela cidade. “Era como se o céu tivesse desabado”, relatou um morador local à imprensa. Equipes de resgate enfrentaram dificuldades para acessar o local devido à intensidade dos destroços e do fogo.

Números iniciais: Mais de 100 corpos foram retirados nas primeiras horas.
Mobilização: O Exército indiano foi acionado para apoiar operações de socorro.
Solidariedade internacional: Líderes mundiais, como o Papa Leão XIV e o Rei Charles, enviaram condolências.

Autoridades indianas confirmaram que 204 corpos foram recuperados até o início da tarde de 12 de junho, mas o número de vítimas fatais ultrapassou 290, incluindo moradores no solo.

O acidente atingiu diretamente um alojamento de estudantes de medicina, resultando na morte de pelo menos 55 jovens, segundo a Federação Indiana de Associações Médicas.

Cinco estudantes ainda estão desaparecidos, e familiares que visitavam o local também foram afetados. Hospitais da região receberam cerca de 60 feridos, muitos em estado grave.

A polícia de Ahmedabad, liderada pelo comissário GS Malik, informou que as equipes de resgate trabalharam incansavelmente para localizar possíveis sobreviventes. “O cenário é de total destruição. Estamos fazendo o possível para identificar as vítimas e apoiar as famílias”, declarou Malik.

Sobrevivente relata momentos de terror

Vishwash Kumar Ramesh, de 40 anos, tornou-se o símbolo de esperança em meio à tragédia. Resgatado com ferimentos leves, ele foi encontrado caminhando próximo ao local da queda, ainda segurando seu bilhete de voo, que indicava a poltrona 11A. Em entrevista ao jornal Hindustan Times, Ramesh descreveu o momento do acidente.

“Ouvi um estrondo ensurdecedor logo após a decolagem. O avião sacudiu violentamente, e em segundos estávamos no chão. Não sei como sobrevivi”, relatou. Ele foi levado a um hospital local, onde permanece em observação.

O relato de Ramesh trouxe alívio, mas também levantou questões sobre as circunstâncias que permitiram sua sobrevivência. Especialistas apontam que a posição da poltrona e a rápida ação dos socorristas podem ter sido decisivas.

Mobilização de resgate e apoio

As operações de resgate envolveram centenas de profissionais, incluindo bombeiros, policiais e militares. O Exército indiano destacou soldados para auxiliar na remoção de destroços e no transporte de vítimas. Equipamentos pesados foram usados para acessar áreas onde os destroços do avião estavam concentrados.

Esforços médicos: Hospitais de Ahmedabad abriram alas de emergência para atender os feridos.
Apoio psicológico: Equipes foram enviadas para auxiliar familiares das vítimas.
Logística: Autoridades criaram um centro de identificação de corpos para agilizar o processo.
Doações: Organizações locais iniciaram campanhas para arrecadar fundos para as famílias afetadas.

A empresa Tata Group, proprietária da Air India, anunciou que pagará uma indenização de aproximadamente 650 mil reais para cada família das vítimas fatais. Além disso, a companhia se comprometeu a cobrir os custos médicos dos sobreviventes e apoiar as investigações.

Investigação em andamento

A causa da queda do Boeing 787-8 permanece desconhecida, mas as autoridades já iniciaram uma investigação detalhada. A Agência de Segurança dos Transportes dos Estados Unidos (NTSB) enviou uma equipe para colaborar com o departamento de aviação indiano. Dados preliminares indicam que o avião emitiu um sinal de emergência momentos antes do impacto, sugerindo uma falha crítica.

No ano passado, um engenheiro da Boeing denunciou problemas na montagem da fuselagem do 787 Dreamliner, o mesmo modelo envolvido no acidente. A denúncia, feita à agência de aviação americana, apontava falhas que poderiam comprometer a segurança. Embora não haja confirmação de que esses problemas estejam relacionados à tragédia, a informação gerou debates sobre a confiabilidade da aeronave.

A Air India informou que está cooperando plenamente com as autoridades e que todas as suas aeronaves passam por manutenção rigorosa. A Boeing, por sua vez, emitiu uma nota lamentando o acidente e prometendo apoio técnico às investigações. As ações da empresa caíram 8% no mercado americano após a notícia.

Reações internacionais

Líderes mundiais expressaram solidariedade às vítimas e suas famílias. O Papa Leão XIV publicou uma nota afirmando que suas orações estão com os afetados. O Rei Charles, do Reino Unido, destacou a gravidade do acidente e enviou condolências, reforçando a conexão entre os dois países, já que o voo tinha Londres como destino.

Organizações internacionais, como a Cruz Vermelha, ofereceram suporte logístico e humanitário. Países como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá anunciaram que estão acompanhando as investigações, já que havia cidadãos estrangeiros a bordo.

Impacto na comunidade local

A cidade de Ahmedabad foi profundamente abalada pela tragédia. Moradores relatam cenas de desespero e destruição. Um testemunho à agência PTI descreveu o cenário: “Havia fumaça por todos os lados, e os destroços do avião estavam espalhados como se fosse o fim do mundo”.

O alojamento de estudantes atingido pertencia a uma universidade local, e a perda de jovens médicos chocou a comunidade acadêmica. A Federação Indiana de Associações Médicas exigiu uma investigação rigorosa e apoio às famílias dos estudantes.

Escolas e comércios próximos ao local do acidente foram temporariamente fechados, e as autoridades orientaram os moradores a evitar a área. A fumaça gerada pelo incêndio causou problemas respiratórios em algumas pessoas, que receberam atendimento médico.

Solidariedade e luto em Ahmedabad

A tragédia uniu a comunidade de Ahmedabad em um momento de luto coletivo. Velas foram acesas em memoriais improvisados, e líderes religiosos realizaram cerimônias em homenagem às vítimas. Escolas locais organizaram eventos para arrecadar fundos para as famílias afetadas.

A história de Vishwash Kumar Ramesh, o sobrevivente, continua a inspirar esperança. Sua recuperação é acompanhada de perto pela imprensa, e ele já expressou o desejo de ajudar outras famílias que perderam entes queridos.

Irmão no voo

Ele é um cidadão britânico, que mora em Londres há 20 anos com a esposa e o filho, e estava na Índia para passar alguns dias visitando a família. Ele voltava para o Reino Unido junto de seu irmão, Ajay Kumar Ramesh, de 45 anos.

O passageiro e seu irmão estavam sentados em fileiras diferentes no avião. Eles não voltaram a se encontrar após o acidente, e pediu ajuda para localizar o irmão.

No hospital, parentes buscam por informações sobre seus familiares que estavam a bordo da aeronave, de acordo com o Hindustan Times.

TERRA

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