“Telas podem deixar o meu filho autista?” mitos e verdades sobre o uso da tecnologia

O uso de telas e tecnologia por crianças com autismo tem sido alvo de muitos mitos e verdades que merecem ser esclarecidos. Uma verdade é que as telas podem ser ferramentas úteis para auxiliar no desenvolvimento e comunicação de crianças autistas, desde que utilizadas de forma adequada e monitorada. No entanto, é importante ressaltar que o uso excessivo de telas pode impactar negativamente no desenvolvimento social e emocional dessas crianças.

Um mito comum é que o autismo é causado pelo uso excessivo de telas. Para a especialista Dra. Aline Raquel Lopes Padilha, estudos recentes demonstram que não há uma relação direta entre o tempo de exposição às telas e o desenvolvimento do autismo. No entanto, é importante considerar que o conteúdo e a qualidade do que é acessado nas telas podem influenciar o bem-estar e o desenvolvimento das crianças autistas.

Outro mito é que as telas são a única forma de estimular crianças com autismo. Na verdade, atividades sensoriais, brincadeiras ao ar livre, interações sociais e outras formas de estimulação também são essenciais para o desenvolvimento saudável dessas crianças. As telas podem ser uma ferramenta complementar, mas não substituem a importância de experiências variadas e enriquecedoras.

É fundamental que pais, cuidadores e profissionais estejam atentos ao equilíbrio no uso de telas por crianças com autismo, garantindo que a tecnologia seja utilizada de forma positiva e educativa. A orientação de profissionais especializados e a criação de estratégias individualizadas são fundamentais para garantir um uso saudável das telas e promover o desenvolvimento global das crianças autistas.

Dra. Aline Raquel Lopes Padilha

Artigo anteriorPC-AM prende mulher que deixou o filho sozinho em casa durante a madrugada
Próximo artigoHomem mata esposa a facadas e tranca enteados em casa com o corpo